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sábado, 14 de julho de 2012

Letra para uma Valsa Romântica

A tarde agoniza
Ao santo acalanto
Da noturna brisa.
E eu, que tambem morro,
Morro sem consolo,
Se não vens, Elisa!

Ai nem te humaniza
O pranto que tanto
Nas faces desliza
Do amante que pede

Suplicantemente
Teu amor, Elisa!

Ri, desdenha, pisa!
Meu canto, no entanto,
Mais te diviniza,
Mulher diferente,
Tão indiferente,
Desumana Elisa!

Manuel Bandeira

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