Um cadim de tudo que gosto, música, literatura, fotografia e outras coisinhas que me fazem feliz....
quarta-feira, 30 de março de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
(...) que faço com o aparelho antigo, aquele lotado de torpedos que nunca apaguei, em que você dizia que nunca havia amado ninguém como amava a mim, e nossas brincadeiras, e os "bom dia, linda" e os "boa noite, amor" e todos os nossos segredos. Faço o quê com o aparelho antigo, com o aparelho que registrou todos os nossos telefonemas intermináveis, dou o mesmo fim que dei à sua escova de dente? Martha Medeiros
domingo, 27 de março de 2011
Mª Eduarda, 02 anos de alegria. Parabéns Duda!
Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão
Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver(...)
Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
Também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei.
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
“Sabia que era inútil resolver o próprio destino. Amava-o desde o momento em que ele a quisera(...). E sempre o amaria. Inútil seguir por outros caminhos, quando para um só seus passos a guiavam. Mesmo quando ele a feria, ela se refugiava nele contra ele. Ela era tão fraca. Em vez de sofrer ao reconhecer a sua fraqueza, alegrava-se(...). Sentia que ele sofria, que escondia alguma coisa viva e doente na sua alma e que ela só poderia ajudá-lo usando de toda passividade que dormia em seu ser.” Clarice Lispector
terça-feira, 22 de março de 2011
“ Prezo muito minhas amizades e
reservo sempre um canto no
meu peito para elas.
E, sempre que surge a ocasião, também
não perco a oportunidade de dar um
amigo a um amigo, da mesma forma
que eu ganhei vocês.
E não adiantam as despedidas.
De um amigo ninguém se livra fácil.
A amizade além de contagiosa
é totalmente incurável. ”
Vinicius de Moraes
segunda-feira, 21 de março de 2011
No Dia Mundial da Poesia aplausos aos poetas
Há-de haver
Há-de haver uma cor por descobrir,
Um juntar de palavras escondido,
Há-de haver uma chave para abrir
A porta deste muro desmedido.
Há-de haver uma ilha mais ao sul,
Uma corda mais tensa e ressoante,
Outro mar que nade noutro azul,
Outra altura de voz que melhor cante.
Poesia tardia que não chegas
A dizer nem metade do que sabes:
Não calas, quando podes, nem renegas
Este corpo de acaso em que não cabes.
José Saramago, in Os Poemas Possíveis
domingo, 20 de março de 2011
"Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas que me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranqüilidade possível que estou só do que ficar a mercê de visitas adiadas, encontros transferidos."Caio Fernando Abreu
Roseando...
"Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia ...que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. (…) A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e sentimento, uns com os outros acho que nem não misturam. (…) Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente data. O senhor mesmo sabe; e se sabe, me entende." Guimarães Rosa
sábado, 19 de março de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
Roseando...
Clariceando...
segunda-feira, 14 de março de 2011
“Piedade é a minha forma de amor. De ódio e de comunicação. É o que me sustenta contra o mundo, assim como alguém vive pelo desejo, outro pelo medo. Piedade das coisas que acontecem sem que eu saiba. (...) estou cansada, apesar da minha alegria de hoje, alegria que não se sabe de onde vem, como a manhãzinha de verão.”
Clarice lispector In: Perto do coração selvagem
Clarice lispector In: Perto do coração selvagem
domingo, 13 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
Clariceando....
“Se me perguntarem se existe vida da alma depois da morte, respondo, bem sei que misteriosamente, por que não o mistério? Se a coisa é mesmo misteriosa - respondo num hesitante esquema: existe mas não me é dado saber de que forma essa alma viverá. Ninguém ainda descobriu o estado de coisas depois da morte - porque é impossível imaginar qual seria a atitude do Deus, o mesmo Deus que inexplicavelmente para nós faz uma semente brotar. Eu não sei como a semente brota, não sei por que este céu azul, (...)tudo isso acontece de um modo que a minha mente humana desconhece. Vivo sem explicação possível.”
Clarice Lspector In: Um sopro de vida
Clarice Lspector In: Um sopro de vida
quinta-feira, 10 de março de 2011
"...te imagino então parado sozinho sobre a faixa interminável de areia, o vento que bate em teu rosto, as mãos com os dedos roxos de frio enfiadas até o fundo dos bolsos, o vento e novamente o vento que bate em teu rosto, esse mesmo que me olha agora, raramente, teu olho bate em mim e logo se desvia, como se em minhas pupilas houvesse uma faca, uma pedra, um gume, teu rosto mais nu que sempre, à beira-mar, com esse vento a bater e a revolver teus cabelos e pensamentos, e eu sem saber o que me revolve agora quando teu olho outra vez escorrega para fora e longe do meu, entre tua testa larga de onde às vezes costumas afastar os cabelos, numa mistura de preguiça e sensualidade expostas..."
Caio Fernando Abreu In: "Os Dragões não conhecem o paraíso"
Roseando...
quarta-feira, 9 de março de 2011
"Pelas tardes poeirentas daquele resto de janeiro, quando o sol parecia a gema de um enorme ovo frito no azul sem nuvens do céu, ninguém mais conseguiu trabalhar em paz na repartição. Quase todos ali dentro tinham a nítida sensação de que seriam infelizes para sempre. E foram."
Caio Fernando Abreu In: Morangos Mofados)
Caio Fernando Abreu In: Morangos Mofados)
Quintanares
terça-feira, 8 de março de 2011
"Você meu mundo meu relógio de não marcar horas; de esquecê-las. Você meu andar meu ar meu comer meu descomer. Minha paz de espádas acesas. Meu sono festival meu acordar entre girândolas. Meu banho quente morno frio quente pelando. Minha pele total. Minhas unhas afiadas aceradas aciduladas. Meu sabor de veneno. Minhas cartas marcadas que se desmarcam e voam. Meu suplício. Minha mansa onça pintada pulando.Minha saliva minha língua passeadeira possessiva meu esfregar de barriga em barriga. Meu perder-me entre pêlos algas águas ardências. Meu pênis submerso. Túnel cova cova cova cada vez mais funda estreita mais mais. Meus gemidos gritos uivos guais guinchos miados ofegos ah oh ai ui nhem ahah minha evaporação meu suicídio gozoso glorioso."
Carlos Drummond de Andrade In "O Amor Natural"
Clariceando...
"Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas."
Clarice Lispector In:Felicidade Clandestina
segunda-feira, 7 de março de 2011
domingo, 6 de março de 2011
"Mesmo quando chove ou o céu tem nuvens (os dois amantes) sabem sempre quando a lua é cheia. E quando mingua e some, sabem que se renova e cresce e torna a ser cheia outra vez e assim por todos os séculos e séculos porque é assim que é e sempre foi e será .."
Caio Fernando Abreu, in: O amor com olhos de adeus
Caio Fernando Abreu, in: O amor com olhos de adeus
sábado, 5 de março de 2011
sexta-feira, 4 de março de 2011
" Pro inferno com os corações. Você também sabe que não servem pra nada. E as coisas só começam pra terminar e as pessoas só não querem sair feridas. E boa sorte pros que ainda tentam, vejo vocês no fundo do poço. E no fim, seus amores só os chamarão de passado e experiências infrutíferas... "
Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 3 de março de 2011
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