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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Possuo ingenuidade besta e sem nenhuma serventia. Uma delas é insistir nas migalhas das lembranças. Desejo bis para o preenchimento dos vazios. Padeço de uma esperança sem eira e nem beira. Sou promessa de um eterno enjoativo. Por vício, hábito ou sei lá o quê, guardo os cacos irrecuperáveis e me perco em horizontes sem fim, buscando respostas inúteis. Sei pouco, costumo inventar e prometer correção para minhas descomposturas. Juro que tudo vai mudar e quando dou por mim descubro que sua canção ainda rima perfeitamente com meus sagrados. 
Lamento apenas essa ilusão. É tarde para outras tentativas. 
Ita Portugal

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