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sábado, 17 de agosto de 2013

AS FLÔ DE PUXINANÃ
 
Três muié, ou três irmã,
Três cachôrra da mulesta,
Eu vi, num dia de festa,
No lugá Puxinanã.

A mais véia, a mais ribusta,
Era mêrmo uma tentação!
Mimosa flô do sertão,
Qui o pôvo chamava Ogusta.

A sigunda, a Guiléimina,
Tinha uns ói que ô! Mardição!
Matava quarqué cristão
Os oiá dessa minina!

Os ói dela, paricia
Duas istrêla tremendo,
Se apagando e se acendendo
Im noite de ventania.

A Tercêra, era a Maroca.
Cum côipo munto má feito.
Mas porém, tinha, nos peito
Dois cuscús de mandioca.

Dois cuscús, qui, prú capricho,
Quando éla passou prú eu,
Minhas venta se acendeu
Cum o chêro vindo dos bicho!

Eu inté, mi atrapaiáva,
Sem sabê das três irmã
Que eu vi im Puxinanã,
Quá éra a qui mi agradáva...

Iscuiendo a minha cruz
Prá saí dêsse imbaráço,
Desejei morrê nos bráço,
Da dona dos dois cuscús!!!

ZÉ DA LUZ 

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