"Nada a retinha, nem o medo.
Más mesmo que agora se aproximasse a
morte, mesmo a vileza, a esperança ou de novo a dor. Parara
simplesmente. Estavam cortadas as veias que a ligavam as coisas vividas,
reunidas num só bloco longínquo, exigindo uma continuação lógica, más
velhas, mortas. Só ela própria sobrevivera, ainda respirando. E a sua
frente um novo campo, ainda sem cor a madrugada emergindo. Atravessar
suas brumas para enxerga-lo. Não poderia recuar, não sabia por que
recuar." Clarice Lispector in: Perto do coração selvagem.)
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