“Descobri faz algum tempo que as mãos se opõe à cabeça, e quando você movimenta estas, aquela pode parar. Não sei se é uma grande descoberta, talvez não, mas de qualquer forma, gosto quando a cabeça para o maior tempo possível, caso contrário, enche-se de temores, suspeitas, desejos, memórias e todas essas inutilidades que as cabeças guardam para deixar vir à tona quando as mãos estão desocupadas.”
Caio Fernando Abreu in: O marinheiro. Triângulo das águas
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