"senão quando
uma inesperada desconhecida substância desta tarde: algo entre a sonata e o fim não sugere entretanto, sequer e agora o recurso fácil de um pôr-de-sol em abril. A luz da noite não corrompe o instante em que à brisa parece dado o ensejo de varrer da praça folhas e juízes. não sei o que dizer, não sei, em hora assim pois me faltam fadas e duendes. estou só e não me bastam Cristo e a Primavera. Digo palavras sonoras, como: “outrora”, mas de nada elas nos salvam, nem de nós. No pio dos sabiás há uma rara beleza e ouvi-los seria o Evangelho. eis tudo, amigos, e é só e é tanto e logo o relógio sem corda em cada um de nós baterá as seis horas, sete vezes."
Carlos Rodrigues Brandão in: Sacerdotes de viola
uma inesperada desconhecida substância desta tarde: algo entre a sonata e o fim não sugere entretanto, sequer e agora o recurso fácil de um pôr-de-sol em abril. A luz da noite não corrompe o instante em que à brisa parece dado o ensejo de varrer da praça folhas e juízes. não sei o que dizer, não sei, em hora assim pois me faltam fadas e duendes. estou só e não me bastam Cristo e a Primavera. Digo palavras sonoras, como: “outrora”, mas de nada elas nos salvam, nem de nós. No pio dos sabiás há uma rara beleza e ouvi-los seria o Evangelho. eis tudo, amigos, e é só e é tanto e logo o relógio sem corda em cada um de nós baterá as seis horas, sete vezes."
Carlos Rodrigues Brandão in: Sacerdotes de viola
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