(sobre um paradoxo de Octavio Paz)
Tu presencia me deshabita:
saio a esmo
sem medida do mesmo
no ermo de mim:
faço-me diversa
convexo-me em ti
no reverso
onde me perco
revejo-me, reescrita
e recomeço, inversa
embora a mesma
mas ao medir-me
não mais te vejo
e no instante
do espelho finito
reflito:
sem medida do mesmo
no ermo de mim:
faço-me diversa
convexo-me em ti
no reverso
onde me perco
revejo-me, reescrita
e recomeço, inversa
embora a mesma
mas ao medir-me
não mais te vejo
e no instante
do espelho finito
reflito:
tu ausência me habita.
Maria Esther Maciel In: OIRO DE MINAS
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