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sexta-feira, 29 de junho de 2012

CANÇÃO DO OUTONO
Os soluços graves
Dos violinos suaves
Do outono
Ferem a minh'alma
Num langor de calma
E sono.

Sufocado, em ânsia,
Ai! quando à distância
Soa a hora,
Meu peito magoado
Relembra o passado
E chora.

Daqui, dali, pelo
Vento em atropelo
Seguido,
Vou de porta em porta,
Como a folha morta
Batido...


 Tradução: Alphonsus de GuimaraensPaul Verlaine, "Chanson d'Automne"
In Poèmes Saturniens (1866)

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