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quarta-feira, 7 de março de 2012
ANTIPHONA DE NOSSA SENHORA (Salve Regina) - J. J. Emerico Lobo de Mesqui...
Lobo de Mesquita era mulato, filho natural do português José Lobo de Mesquita e de sua escrava Joaquina Emerenciana, tendo nascido na Vila do Príncipe (atual Serro) por volta de 1746. Ali teve sua formação musical e iniciou suas atividades profissionais, como organista e como compositor. Por volta de 1776, transferiu-se para o Arraial do Tejuco (atual Diamantina), que era o centro urbano de maior importância na região, enquanto centro de controle da mineração. Ele já aparece como organista na Matriz de Santo Antônio em fins de 1783 ou início de 1784, passando a tocar na Igreja da Ordem Terceira do Carmo em 1789. Sua atuação certamente incluía todas as obrigações de um Mestre de Capela (ou de Mestre de Música, para utilizar a distinção estabelecida pelo musicólogo Padre Jaime Diniz): compor as obras para as festas contratadas, arregimentar cantores e instrumentistas para a execução da obra, ensaiar, reger (provavelmente do console do órgão, que era seu instrumento) e provavelmente ensinar (preparando jovens para o exercício da profissão de músico). Foi também Alferes do Terão da Infantaria dos Homens Pardos (não se sabe se atuando na banda de música). Tranferiu-se para a Vila Rica, passando a atuar na Matriz de Nossa Senhora do Pilar e na Ordem Terceira do Carmo, em 1798. Dois anos depois, passou o cargo a Francisco Gomes da Rocha e transferiu-se para o Rio de Janeiro, tocando na Igreja da Ordem Terceira do Carmo entre 1801 e 1805, quando faleceu.
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