Já bem perto do ocaso, eu te bendigo, ó Vida,
porque nunca me deste esperança mentida
nem trabalhos injustos, nem pena imerecida.
Porque vejo, ao final de tão rude jornada,
que a minha sorte foi por mim mesmo traçada;
que, se extraí os doces méis ou o fel das cousas,
foi porque as adocei ou as fiz amargosas:
quando eu plantei roseiras, eu colhi sempre rosas.
Decerto, aos meus ardores, vai suceder o inverno:
mas tu não me disseste que maio fosse eterno!
Longas achei, confesso, minhas noites de penas;
mas não me prometeste noites boas, apenas,
e em troca tive algumas santamente serenas…
Fui amado, afagou-me o Sol. Para que mais?
Vida, nada me deves. Vida, estamos em paz!
Amado Nervo
Seguindo também... muito legal o blog!
ResponderExcluirBeijos,
Nessa (www.blogsensibilidades.blogspot.com)
Cada um colhe aquilo que planta.
ResponderExcluirToda ação possui uma reação.
Isso é fato.
Apenas trazemos para nós aquilo que fazemos.
Um bom domingo.
Como lamento quando o correr da vida nao me permite passar por aqui. É uma parada poética obrigatória! Adoro! boa semaninha, minha querida.
ResponderExcluirObrigada pelas visitas, fico extremamente feliz quando sobrevoam por aqui, bjims
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