O abandono do lugar me abraçou de com
força.
E atingiu meu olhar para toda vida.
Tudo que conheci depois veio carregado
de abandono.
Não havia no lugar nenhum caminho de
fugir.
A gente se inventava de caminhos com
as novas palavras.
A gente era como um pedaço de
formiga no chão.
Por isso o nosso gosto era só de
desver o mundo.
Manoel de Barros, in “Menino do mato”
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