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sexta-feira, 1 de julho de 2011

" E o tucano, o vôo, reto, lento como se voou embora, xô, xô! mirável, cores pairantes, no garridir; fez sonho. Mas a gente nem podendo esfriar de ver. Já para o outro imenso lado apontavam. De lá, o sol queria sair, na região da estrela-d’alva. A beira do campo, escura, como um muro baixo, quebrava-se, num ponto, dourado rombo, de bordas estilhaçadas. Por ali, se balançou para cima, suave, aos ligeiros vagarinhos, o meio-sol, o disco, o liso, o sol, a luz por tudo. Agora, era a bola de ouro a se equilibrar no azul de um fio. O Tio olhava no relógio.Tanto tempo que isso, o Menino nem exclamava. Apanhava com o olhar cada sílaba do horizonte."
Guimarães Rosa In: Primeiras Estórias

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