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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

mineiridade


Engraçado, a gente daqui está na era do shopping…
Mas quem vem visitar Minas é claro que vai se encantar com as nossas vendas: o fascinante passeio pelos mini-mercadinhos do nosso interior.
Nada mais mineiro e repleto de mineiridade e mineirice do que as nossas vendas.
Nelas a gente entra e demora a sair, encantado com a descoberta diversa: um queijo, um doce, um café… Peneira, bule, sacola, pé-de-moleque, rapadura…
Um desperdício da hora, um perdido e achado… Seu Zé, D. Maria ajudam na dificuldade de saber os detalhes; sabem de cor os preços, medidas e pesos…
E a gente se sente esperto e acha pechinchas e sabores mil…
Eta, Minas… Cada quadra, uma esquina e uma venda…
Riqueza nossa, prazer que se divide…
Uma não é igual à outra, mas são todas das Minas, repetidas na desordem aparente dos arranjos tão certeiros.
Nelas o arroz brilha, o feijão é popudo, o queijo derrete ao olhar, dá vontade de levar até o chinelo, o enfeite, a cesta…
Acabam com o stress, desarmam os afoitos… Nelas não se compra, adivinha-se prazeres e vontades, troca-se mercadorias por notas e moedas, alivia-se da pressa…
Texto de Marina Manzoni

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