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sexta-feira, 2 de julho de 2010

"Todo dia, a menina corria o quintal, procurando um arco-íris. Corria olhando para o alto, tropeçava e caía. Toda vez que se machucava, vinha chorando uma cor. Um dia, chorou o anil até esvaziá-lo dos olhos. Depois, chorou laranja, chorou vermelho e azul. Chorou verde. Violeta. Amarelo e até transparente! Chorou todas as cores que tinha, todas as cores de dentro. Então, abriu os olhos e nem o arco-íris, ela viu. Não viu flores e borboletas. Não viu árvores e passarinhos. Pensando que era ainda noite, deitou-se na cama e dormiu. Pensando que era tudo escuro, nem levantar-se ela quis! Ficou dormindo cinzenta, por dias e noites sem fim... Foi quando um sonho, tão colorido, derramou-se dentro dela! Tingiu o travesseiro e a fronha, o lençol e o pijaminha. Tingiu a meia e o quarto. Tingiu as casas e os ninhos! A menina abriu a janela e viu que hoje não tinha arco-íris. Mas tinha o desenho das nuvens. Tinha as flores e um passarinho." Rita Apoena

2 comentários:

  1. Minha querida amiga Edna,
    Só hoje descobri teu blog. Ele é exatamente como você; doce, sensível, de bom gosto, literário, repleto de pássaros, flores, e sentimentos mil.
    Gosto muito de você!
    beijos
    Rejane Maria Romani Rech

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  2. Obrigada Rejane, suas palavras me deixaram muito lisonjeada e feliz. Tenho muita admiração e carinho por você. Mondbjims e carinhomeu.

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