"Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice,dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver.Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da conha que você habita,e da qual te salvo, meu amor,apenas porque te estendo a minha mão. (...)"
Caio Fernando de Abreu
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