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domingo, 18 de julho de 2010




"... já que sou, o jeito é ser.
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta, continuarei a escrever. (...) Pensar é um ato. Sentir é um fato.
Estou fruindo o que existe. Calada, aérea, no meu grande sonho. Como nada entendo - então adiro à vacilante realidade móvel. O real eu atinjo através do sonho.
Eu te invento, realidade. E te ouço como remotos sinos surdamente submersos na água badalando trémulos. Estou no âmago da morte? E para isso estou viva? O âmago sensível. E vibra-me esse it. Estou viva. Como uma ferida, flor na carne, está em mim aberto o caminho do doloroso sangue". in: A Hora da Estrela

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