Trêmula gota de orvalho
Presa na teia de aranha,
Rebrilhando como estrela.
Helena Kolody
Um cadim de tudo que gosto, música, literatura, fotografia e outras coisinhas que me fazem feliz....
sexta-feira, 25 de abril de 2014
CHEGARAM AS ESTRELAS
As estrelas chegaram úmidas
E suas frias pétalas pousaram
No meu rosto seco.
As estrelas chegaram trêmulas....
Pareciam flores que o vento esfolhara,
Da noturna árvore.
Murado e exausto,
Que consolo encontro nas estrelas
Que chegaram de repente!
Falaram-me de suas viagens,
Das regiões nuas que atravessaram,
Das fontes que cantam pelos espaços,
Das vozes que se ascendem em caminhos nunca vistos,
Na figura de Aglaia adormecida no céu,
E no sorriso de infância que na sua face flutua.
As estrelas chegaram loucas dos seus infinitos silêncios.
E falavam incessantemente.
Foi o orvalho de suas asas
Que molhou meus olhos!
Augusto Frederico Schmidt
As estrelas chegaram úmidas
E suas frias pétalas pousaram
No meu rosto seco.
As estrelas chegaram trêmulas....
Pareciam flores que o vento esfolhara,
Da noturna árvore.
Murado e exausto,
Que consolo encontro nas estrelas
Que chegaram de repente!
Falaram-me de suas viagens,
Das regiões nuas que atravessaram,
Das fontes que cantam pelos espaços,
Das vozes que se ascendem em caminhos nunca vistos,
Na figura de Aglaia adormecida no céu,
E no sorriso de infância que na sua face flutua.
As estrelas chegaram loucas dos seus infinitos silêncios.
E falavam incessantemente.
Foi o orvalho de suas asas
Que molhou meus olhos!
Augusto Frederico Schmidt
domingo, 20 de abril de 2014
sábado, 19 de abril de 2014
"Desmediocrize sua vida. Procure seus "desaparecidos", resgate afetos. Aprenda com quem tiver algo a e...nsinar, e ensine algo àqueles que estão engessados em suas teses de certo e errado. Troque experiências, troque risadas, troque carícias. Não é preciso chegar num momento-limite para se dar conta disso. O enfrentamento das pequenas mortes que nos acontecem em vida já é o empurrão necessário. Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir. " Martha Medeiros
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Em uma tarde de Outono
Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto......
Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?
A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!
E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...
Olavo Bilac, in "Poesias"
Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto......
Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?
A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!
E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...
Olavo Bilac, in "Poesias"
sábado, 5 de abril de 2014
"Se uma notícia ruim me atravessar não me prenderei a ela. Hoje preciso ver além da chuva, hoje preciso sentir além do frio, só assim não me recolherei. Recomponho a dor de me perder para o acaso, isto que toma de surpresa pelo caminho e desmorona as esperanças. Agora adio a felicidade sem pressa de possuí-la, para quer ter nas mãos algo que pesa bem mais do que alivia? Esqueço o nome do filho que ...não tive, lembro das viagens que fiquei por fazer, me divirto pensando nas noites que não dancei. Meu corpo corrompe com o trato de irmos até o fim, não envelheceremos só para não perder a memória. Começo a morrer para a vida ser mais intensa. Se duvidarmos do amanhã, o hoje não poupará na plenitude. Escrevo minha história para não publicá-la, quero ser uma carta que ficou por ser enviada."
Cah Morandi
Cah Morandi
Assinar:
Postagens (Atom)