Um cadim de tudo que gosto, música, literatura, fotografia e outras coisinhas que me fazem feliz....
terça-feira, 31 de maio de 2011
"Todas essas coisas de que falo agora - as particularidades dos dragões, a banalidade das pessoas como eu -, só descobri depois. Aos poucos, na ausência dele, enquanto tentava compreendê-lo. Cada vez menos para que minha compreensão fosse sedutora a ponto de convencê-lo a voltar, e cada vez mais para que essa compreensão ajudasse a mim mesmo a. Não sei dizer. Quando penso desse jeito, enumero proposições como: a ser uma pessoa menos banal, a ser mais forte, mais seguro, mais sereno, mais feliz, a navegar com um mínimo de dor. Essas coisas todas que decidimos fazer ou nos tornar quando algo que supúnhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo."Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 30 de maio de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
"...Na vocação para a vida está incluído o amor, inútil disfarçar, amamos a vida. E lutamos por ela dentro e fora de nós mesmos. Principalmente fora, que é preciso um peito de ferro para enfrentar essa luta na qual entra não só o fervor, mas uma certa dose de cólera, fervor e cólera. Não cortaremos os pulsos, ao contrário, costuraremos com linha dupla todas as feridas abertas..."
- Lygia Fagundes Telles.In: A Disciplina do Amor
- Lygia Fagundes Telles.In: A Disciplina do Amor
Clariceando
terça-feira, 24 de maio de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
Texto para uma separação
Olhe aqui, olhos de azeviche Vamos acertar as contas porque é no dia de hoje que cê vai embora daqui... Mas antes, por obséquio: Quer me devolver o equilíbrio? Quer me dizer por que cê sumiu? Quer me devolver o sono meu doril? Quer se tocar e botar meu marcapasso pra consertar? Quer me deixar na minha? Quer tirar a mão de dentro da minha calcinha? Olhe aqui, olhos de azeviche: Quer parar de torcer pro meu fim dentro do meu próprio estádio? Quer parar de saxdoer no meu próprio rádio? Vem cá, não vai sair assim... Antes, quer ter a delicadeza de colar meu espelho? Assim: agora fica de joelhos e comece a cuspir todos os meus beijos. Isso. Agora recolhe! Engole a farta coreografia destas línguas Varre com a língua esses anseios Não haverá mais filho pulsações e instintos animais. Hoje eu me suicido ingerindo sete caixas de anticoncepcionais. Trata-se de um despejo Dedetize essa chateação que a gente chamou de desejo. Pronto: última revista Leve também essa bobagem que você chamou de amor à primeira vista. Olhos de azeviche, vem cá: Apague esse gosto de pescoço da minha boca! E leve esses presentes que você me deu: essa cara de pau, essa textura de verniz. Tire também esse sentimento de penetração esse modo com que você me quis esses ensaios de idas e voltas essa esfregação esse bob wilson erotizado que a gente chamou de tesão. Pronto. Olhos de azeviche, pode partir! Estou calma. Quero ficar sozinha eu co'a minha alma. Agora pode ir Elisa Lucinda.
Olhe aqui, olhos de azeviche Vamos acertar as contas porque é no dia de hoje que cê vai embora daqui... Mas antes, por obséquio: Quer me devolver o equilíbrio? Quer me dizer por que cê sumiu? Quer me devolver o sono meu doril? Quer se tocar e botar meu marcapasso pra consertar? Quer me deixar na minha? Quer tirar a mão de dentro da minha calcinha? Olhe aqui, olhos de azeviche: Quer parar de torcer pro meu fim dentro do meu próprio estádio? Quer parar de saxdoer no meu próprio rádio? Vem cá, não vai sair assim... Antes, quer ter a delicadeza de colar meu espelho? Assim: agora fica de joelhos e comece a cuspir todos os meus beijos. Isso. Agora recolhe! Engole a farta coreografia destas línguas Varre com a língua esses anseios Não haverá mais filho pulsações e instintos animais. Hoje eu me suicido ingerindo sete caixas de anticoncepcionais. Trata-se de um despejo Dedetize essa chateação que a gente chamou de desejo. Pronto: última revista Leve também essa bobagem que você chamou de amor à primeira vista. Olhos de azeviche, vem cá: Apague esse gosto de pescoço da minha boca! E leve esses presentes que você me deu: essa cara de pau, essa textura de verniz. Tire também esse sentimento de penetração esse modo com que você me quis esses ensaios de idas e voltas essa esfregação esse bob wilson erotizado que a gente chamou de tesão. Pronto. Olhos de azeviche, pode partir! Estou calma. Quero ficar sozinha eu co'a minha alma. Agora pode ir Elisa Lucinda.
cantares e quintanares
sábado, 21 de maio de 2011
E hoje não. Que não me doa hoje o existir dos outros, que não me doa hoje pensar nessa coisa puída de todos os dias, que não me comovam os olhos alheios e a infinita pobreza dos gestos com que cada um tenta salvar o outro deste barco furado. Que eu mergulhe no roxo deste vazio de amor de hoje e sempre e suporte o sol das cinco horas posteriores, e posteriores, e posteriores ainda.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
E hoje não. Que não me doa hoje o existir dos outros, que não me doa hoje pensar nessa coisa puída de todos os dias, que não me comovam os olhos alheios e a infinita pobreza dos gestos com que cada um tenta salvar o outro deste barco furado. Que eu mergulhe no roxo deste vazio de amor de hoje e sempre e suporte o sol das cinco horas posteriores, e posteriores, e posteriores ainda.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
01 regando geranios na janela!
sexta-feira, 20 de maio de 2011
E então ele contou tudo, sentindo que tirava de si o peso do mundo, porque estava convencido de que ela sabia e só lhe faltava confirmar os pormenores. Mas não era assim, é claro, de maneira que enquanto ele falava ela voltou a chorar, não com soluços tímidos como no começo, e sim com umas lágrimas soltas e salobras que lhe escorriam pelo rosto, e lhe ardiam na camisola e lhe inflamavam com a vida, porque ele não tinha feito o que ela esperava com a alma por um fio, e era que ele negasse tudo até a morte, que se indignasse com a calúnia, que cagasse aos gritos nesta sociedade filha da mãe ordinária que não tinha o menor escrúpulo em pisotear a honra alheia, e que se mantivesse impertubável mesmo diante de provas as mais demolidoras da sua deslealdade: COMO UM HOMEM".
HOMENAGEM A CLAUDIA, MULHER GUERREIRA E AO MESMO TEMPO DE UMA SENSIBILIDADE IMPAR
Ela tem muita dúvida como todos têm. Mas nem todos sabem a beleza de saber lidar com a tristeza. Ela sabe. Ela ouve a música que seu coração pede e modela seu ritmo ao seu estado de espírito. Ela dança a coreografia de seus sentimentos, e todos podem ver. (…) Ela é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer. Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive CAIO fERNANDO ABREU
Ela tem muita dúvida como todos têm. Mas nem todos sabem a beleza de saber lidar com a tristeza. Ela sabe. Ela ouve a música que seu coração pede e modela seu ritmo ao seu estado de espírito. Ela dança a coreografia de seus sentimentos, e todos podem ver. (…) Ela é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer. Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive CAIO fERNANDO ABREU
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Não sei como me defender dessa ternura que cresce escondido e, de repente, salta para fora de mim, querendo atingir todo mundo. Tão inesperada quanto a vontade de ferir, e com o mesmo ímpeto, a mesma densidade. Mas é mais frustrante. Sempre encontro a quem magoar com uma palavra ou um gesto. Mas nunca alguém que eu possa acariciar os cabelos, apertar a mão ou deitar a cabeça no ombro. Sempre o mesmo círculo vicioso: da solidão nasce a ternura, da ternura frustrada a agressão, e da agressividade torna a surgir a solidão. Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim".
Limite Branco - Caio Fernando abreu
Limite Branco - Caio Fernando abreu
terça-feira, 17 de maio de 2011
Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber. Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências. Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou… e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos. E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar..."
caio fernando abreu
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Como se eu estivesse por fora do movimento da vida. A vida rolando por aí feito roda-gigante, com todo mundo dentro, e eu aqui parada, pateta, sentada no bar. Sem fazer nada, como se tivesse desaprendido a linguagem dos outros. A linguagem que eles usam para se comunicar quando rodam assim e assim por diante nessa roda-gigante. Você tem um passe para a roda-gigante, uma senha, um código, sei lá. Você fala qualquer coisa tipo bá, por exemplo, então o cara deixa você entrar, sentar e rodar junto com os outros. Mas eu fico sempre do lado de fora. Aqui parada, sem saber a palavra certa, sem conseguir adivinhar. Olhando de fora, a cara cheia, louca de vontade de estar lá, rodando junto com eles nessa roda idiota - tá me entendendo, garotão? Caio Fernando Abreu
domingo, 15 de maio de 2011
O domingo tá acabando — já é tarde — amanhã a gente começa de novo. Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação,esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem. Tenho regressões a estados antigos, às vezes, mas reajo, procuro me manter ligado às coisas novas que descobri. Mas tudo fica e se sucede — quase nunca dá tempo de você se orientar, escolher — não gosto de me sentir levado — e aqui não dá tempo.""c.f.a
Na maioria das vezes, gosto de estranhos. A partir do momento que você conhece alguém de verdade, se decepciona tanto, que é mais confortante ficar no anonimato. Não me importo se você for indiferente comigo (já me acostumei muito com isso), só não omitam nada. Verdades são ásperas, mas estão aí para serem aceitas, e jamais questionadas. Já passei por muitas experiências por aqui, e ao contrário do que pensam, aprendi muito com isso. Então, se for me adicionar na expectativa de destruir corações, sinto informar que aqui já não existem mais sentimentos. Tudo é muito indiferente. Na verdade, tanto faz Boa Sorte. ""Caio Fernando Abreu
sábado, 14 de maio de 2011
Sabe o que eu sinto? Tem duas coisas me puxando, dois tipos de vida — e eu não quero nenhum deles. Quero o terceiro, o meu. Que eu ainda nem sei se vou curtir. Eu não tô querendo viver como eles vivem — não tô conseguindo viver como eu gostaria — e não tenho coragem de ficar sozinha e tentar soluções drásticas, você me entende? Acho que não. Eu vou levando. Mas não sei até quando,e eu fico muito comigo mesma nisso tudo — cada vez mais sufocada, mais necessitada,parece que ou eu ou os outros não somos mais tão disponíveis. Será que estou fechando, perdendo a curiosidade? Eu não sei.Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Ela tem muita dúvida como todos têm. Mas nem todos sabem a beleza de saber lidar com a tristeza. Ela sabe. Ela ouve a música que seu coração pede e modela seu ritmo ao seu estado de espírito. Ela dança a coreografia de seus sentimentos, e todos podem ver. (…) Ela é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer. Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive.C.F.A >
Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos – e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressiva e tal . É preciso acabar com esse medo de ser tocada lá no fundo . Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso ."C.F.A
clariceando
"Às vezes as badaladas espaçadas e ocas do velho relógio vinham dividir a música em compassos assimétricos. Otávio ficava à espreita da pancada seguinte, o coração em sobressalto. Como se elas precipitassem todas as coisas numa dança muda e docemente maluca."
(larice Lispector In: Perto do Coração Selvagem
terça-feira, 10 de maio de 2011
linda homenagem de minha amiga Claúdia
Edna!!!
Mulher, Mãe, avó...!!!
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...
Você é uma estrela aos olhos de Deus
Repleta de Sabedoria e compreensão.
Independente do nome
Que você recebeu,
É a maior demonstração
De beleza, garra, amor.... fé.
Porque és uma estrela abençoada
chamada: MULHER!
Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Para você, Mulher tão especial...♥
Beijo... beijo e beijo!
ClaudiaAceitar depoimento
Canção do Sonho Acabado
Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor.
Cobicei, cheirei, colhi.
Mas ela despetalou
E outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
Me embriaguei de alegria!
Mas os risos da ventura,
No limiar da loucura,
Se tornaram fantasia...
Já almejei felicidade,
Mãos dadas, fraternidade,
Um ideal sem fronteiras
- utopia! Voou ligeira,
Nas asas da liberdade.
Desejei viver. Demais!
Segurar a juventude,
Prender o tempo na mão,
Plantar o lírio da paz!
Mas nem mesmo isto eu pude:
Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais...
(Cecília Meireles)
Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor.
Cobicei, cheirei, colhi.
Mas ela despetalou
E outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
Me embriaguei de alegria!
Mas os risos da ventura,
No limiar da loucura,
Se tornaram fantasia...
Já almejei felicidade,
Mãos dadas, fraternidade,
Um ideal sem fronteiras
- utopia! Voou ligeira,
Nas asas da liberdade.
Desejei viver. Demais!
Segurar a juventude,
Prender o tempo na mão,
Plantar o lírio da paz!
Mas nem mesmo isto eu pude:
Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais...
(Cecília Meireles)
Quintanares
Nariz e Narizes
O segredo da arte - o segredo da vida - é seguir o seu próprio nariz.
Não deixes que outros lhe ponham argola.
Sim, é verdade que há narizes tortos, uns para a esquerda, outros para a direita...
Não perca tempo, telefone ao Pitanguy.
Um verdadeiro nariz conduz para a frente.
Mario Quintana
O segredo da arte - o segredo da vida - é seguir o seu próprio nariz.
Não deixes que outros lhe ponham argola.
Sim, é verdade que há narizes tortos, uns para a esquerda, outros para a direita...
Não perca tempo, telefone ao Pitanguy.
Um verdadeiro nariz conduz para a frente.
Mario Quintana
segunda-feira, 9 de maio de 2011
domingo, 8 de maio de 2011
Parabens a todas as mães!
sábado, 7 de maio de 2011
" A realidade não me surpreende. Mas não é verdade: de repente tenho uma
tal fome da "coisa acontecer mesmo" que mordo num grito a realidade com
dentes dilacerantes. E depois suspiro sobre a presa cuja carne comi.
E por muito tempo, de novo, prescindo da realidade real e me aconchego
em viver da imaginação." Clarice Lispector, in: Um sopro de Vida.
tal fome da "coisa acontecer mesmo" que mordo num grito a realidade com
dentes dilacerantes. E depois suspiro sobre a presa cuja carne comi.
E por muito tempo, de novo, prescindo da realidade real e me aconchego
em viver da imaginação." Clarice Lispector, in: Um sopro de Vida.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
quinta-feira, 5 de maio de 2011
VALSa
"Fez tanto luar que eu pensei nos teus olhos antigos
e nas tuas antigas palavras.
O vento tyrouxe tantoos lugares em que estivemos,
Que tornei a vver contigo enquanto o vento passava.
Houve um anoite que cintilou sobre o teu rosto
e modelou tua voz entre as algas
Eu moro desde então
ao nas édras frias qeue o ceu ´protege
e estudo aénas o ar e as águas
Coitadode que pôs sua esperança
nas praias dofor ado mundo....
_ Os ares fogem , viram-se as águas
mesmo as pedras, com o tempo mudam.
domingo, 1 de maio de 2011
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