Um cadim de tudo que gosto, música, literatura, fotografia e outras coisinhas que me fazem feliz....
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
"Sinto que viver é inevitável. Posso na primavera ficar horas sentada fumando, apenas sendo. Ser às vezes sangra. Mas não há como não sangrar pois é no sangue que sinto a primavera. Dói. A primavera me dá coisas. Dá do que viver. E sinto que um dia na primavera é que vou morrer. De amor pungente e coração enfraquecido"
Clarice Lispector In: A descoberta do mundo
"Ai que dor: que dor sentida e portuguesa de Fernando Pessoa - muito mais sábio -, que nunca caiu nessas ciladas. Pois como já dizia Drummond, "o amor car(o,a,) colega esse não consola nunca de núncaras". E apesar de tudo eu penso sim, eu digo sim, eu que sins."
Caio Fernando Abreu In: Pequenas Epifanias
Imagem de kurt-halsey
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
O LAÇO E O ABRAÇO
Meu Deus! Como é engraçado! Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas. Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido. E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço. Ah! Então, é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita. Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade. E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços. E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço. Então o amor e a amizade são isso... Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!
Um laço bem bonito aos meus amigos queridos!!!
Mário Quintana
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
"reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc.... que, em suma, demonstrem a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras e as suas palavras. Estes selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web”
Este é mais um carinho vindo http://pequenasepifaniaseoutrosdevaneios.blogspot.com/ obrigada Ana .
Compartilho esse carinho com:
http://ceciliameireles2009.blogspot.com/
http://encantaventos.blogspot.com/
http://wwwantesqueeuesqueca.blogspot.com/
http://outrodiaoutracor.blogspot.com/
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
"... Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira: compreendo, sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe, berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó. O que ou quem cruzo esses dois portos gelados da solidão é vera viagem: véu de maya, ilusão, passatempo. E exigimos o eterno do perecível, loucos".Caio Fernando Abreu
terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
"Eu te odeio´, disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la. ´Eu te odeio´, disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia. Como cavar na terra até encontrar a água negra, como abrir passagem na terra dura e chegar jamais a si mesma?" Clarice lispector In: Laços de Familia
domingo, 14 de novembro de 2010
"A vida não tem ensaio
mas tem novas chances
Viva a burilação eterna, a possibilidade:
o esmeril dos dissabores!
Abaixo o estéril arrependimento
a duração inútil dos rancores
Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos:
a vida inédita pela frente
e a virgindade dos dias que virão!"
Elisa Lucinda In: Eu te Amo e Suas Estréia"
sábado, 13 de novembro de 2010
"Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste."
Carlos Drummond de Andrade In:Poesia Completa
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
"No fundo somos tão, tão felizes! Pois não há uma forma única de entrar em contato com a vida, há inclusive as formas negativas! Inclusive as dolorosas, inclusive as quase impossíveis- e tudo isso, tudo isso antes de morrer, tudo isso mesmo enquanto estamos acordados!"
Clarice Lispector In: A paixão segundo G.H
terça-feira, 9 de novembro de 2010
"Mas eu, em cuja alma se refletem
As forças todas do universo,
Em cuja reflexão emotiva e sacudida
Minuto a minuto, emoção a emoção,
Coisas antagônicas e absurdas se sucedem —
Eu o foco inútil de todas as realidades,
Eu o fantasma nascido de todas as sensações,
Eu o abstrato, eu o projetado no écran,
Eu a mulher legítima e triste do Conjunto
Eu sofro ser eu através disto tudo como ter sede sem ser de água."
Álvaro de Campos
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
A lembrança é um barbante.
Uma ponta amarrada no começo da história,
outra, em nosso tornozelo.
Se o fio estica muito, mal dá para continuar.
É a linha da Memória que vai ficando puída,
a da Lembrança, não.
Feita de fibra grossa,
não afrouxa até que um anjo venha desatá-la
e a transforme numa corredeira de estrelas.
E quanto mais a corredeira for comprida,
tanto mais rica há de ter sido a vida.
Flora Figueiredo — Chão de Vento
"[...] Você ainda não experimentou a doçura da companhia: de ter companhia e de dar companhia. Você espera que chamem você, que insistam, como se os outros fossem deuses dadivosos. Não se esqueça das inúmeras pessoas ainda mais tímidas e solitárias do que você, e que esperam um sorriso para se aproximarem. Não se esqueça de que uma das maiores alegrias da vida está nesta palavra simples: convivência." Clarice Lispector In: Só para mulheres
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
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